domingo, 22 de setembro de 2019

É PRECISO DE DIZÊ-LO (NOVAMENTE)

Bernardo Kuster

Sempre. Sempre que eu - e agora vários cardeais e bispos – me levanto contra erros objetivos e denuncio membros da hierarquia que agem contra a Igreja, o ÚNICO argumentinho de meus sagazes críticos é: “você é recém-convertido e está dividindo a Igreja, gerando desconfiança nos fiéis e criticando a CNBB e o Papa.”
Há mais de um ano esses espíritos débeis e mesquinhos mantêm a mesma lenga-lenga. Simplesmente não aprendem.

O lapso entre minha conversão ao catolicismo NÃO COMPROMETE EM NADA a veracidade das denúncias sérias e bem fundamentadas que tenho feito, as quais não foram desmentidas ou desfeitas consistentemente. As críticas feitas ao meu trabalho até agora são apenas flatus vocis e afetação de invejosos desconfiados.
Sou o trabalhador da undécima hora, meus caros. Acham que não sei? Santo Tomás de Aquino, na Suma, cita um trecho de Gregório muito oportuno sobre o coração do recém-convertido: “Na batalha, o mais querido do chefe é o soldado que, arrependido da fuga, volta-se e ataca fortemente o inimigo, mais que o que nunca fugiu, mas também nunca atacou fortemente..” (I, q. 20, ad. 4).
Eu não divido, e jamais dividiria, a Igreja. Não tenho esse poder todo, não. O que faço é expor com força e veemência aqueles trabalham contra a Igreja de Nosso Senhor e DE FATO tensionam contra o Espírito da unidade, seja padre, seja leigo, seja bispo, religioso ou cardeal. Como leigo, essa é uma prerrogativa da minha liberdade e é dever do cristão não ser omisso perante o erro e diante de inimigos. Quem ama a Igreja também quer os lobos bem longe dela. E se os prelados se calam, nós, leigos, falaremos, como falamos no tempo da heresia Ariana dos séculos IV e V.
Expor erros, planos políticos e seus responsáveis somente gera desconfiança sobre os respectivos responsáveis, e não sobre a Igreja inteira. Só um imbecil não percebe isso. O grande número de pessoas que retornaram à Igreja ou se converteram, pela graça de Deus, através de meu trabalho atesta isso.
Criticar a CNBB não é pecado nem reprovável quando seus representantes e sua ala revolucionária intentam contra a fé e são omissos nos seus deveres episcopais de governar, ensinar e santificar os membros do Corpo de Cristo. Conferências episcopais NÃO SÃO parte essencial da estrutura divina da Igreja e foram autorizadas por Pio XII somente 1952 por sugestão de Dom Hélder Câmara, o arcebispo vermelho.
Infelizmente, em vez de ser oportunidade de trabalho conjunto em defesa e santificação dos fiéis e evangelização dos impenitentes, as conferências tornaram-se, quase todas elas, poderes políticos eclesiásticos paralelos, exercendo uma mediação indevida e perniciosa entre o bispo e sua diocese. Quando uma conferência episcopal pretere a evangelização e a santificação para enaltecer políticas públicas, p. ex., temos um sinal claro de demência espiritual e mundanização. “Aquele que se faz amigo do mundo é inimigo de Deus”, diz São João.
Santo Tomás de Aquino ensina que "havendo perigo para a fé, os superiores devem ser questionados pelos súditos, até publicamente." (Summa, II-II, q. 33, a. 4, ad 2.). E não há perigo para a fé mesmo depois de TUDO o que expus? Só uma topeira ou uma alma vendida o negaria.
Sobre criticar o Papa. Desafio qualquer um desses meus beatíssimos críticos a encontrar UMA SÓ crítica objetiva e direta ao Santo Padre. Jamais o fiz e jamais o farei. Estou em comunhão com Ele e sempre estarei. Quanto ao Papa, se críticas forem necessárias, aí sim devem ser os prelados, bispos e cardeais, a fazê-lo com cautela, muitíssimo respeito e espírito filial.
No mais, meus críticos, chorem, continuem a gemer e ignorar vosso papel. Eu e tantos outros continuaremos firmes e, se preciso for, daremos nossas vidas como testemunho de fé no poder do Espírito de Deus. Que o Senhor Da Gloria nos fortaleça contra o espírito débil e nos dê um verdadeiro espírito de Fortaleza.

Um comentário:

  1. Apoiado! Rezemos para que o Sínodo em Roma seja proveitoso e iluminado pelo Espírito Santo, e que o Papa Francisco saiba discernir segundo verdadeira inspiração divina.

    ResponderExcluir