domingo, 14 de julho de 2019

Especialista peruano em teologia da libertação revela “esquema” por trás do Sínodo da Amazônia

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Por Diane Montagna, LifeSiteNews, Roma, 22 de junho de 2019

 O próximo Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia é um “esquema” projetado para “renovar” a Igreja segundo as “versões mais radicais da teologia da libertação”, afirma um autor peruano.

Julio Loredo, presidente da filial italiana da Tradição Família e Propriedade (TFP) e autor de “Teologia da Libertação, um salva-vidas de chumbo para os pobres” [Teologia della Liberazione. Un Salvagente di Piombo per i Poveri (Cantagalli, 2014)], disse que a história “não contada” do Sínodo da Amazônia é que ele tem sido construído há décadas e foi projetado para “mudar Igreja inteira” de acordo com a assim chamada “teologia indigenista e ecológica”.

“É uma completa renovação da Igreja a partir de um ponto de vista “amazônico” que nada mais é que o ponto culminante da teologia da libertação”, disse Loredo em comentários a LifeSite na sexta-feira, 21 de Junho.

Loredo, que é editor e colaborador habitual para o novo site, “Pan-Amazn Synod Watch” (lançado por uma coalizão internacional para combater estes esforços), disse que esta visão “agora está sendo proposta por um papa latino-americano para toda a Igreja “.
“Isso é muito importante”, disse ele, acrescentando que este ponto de vista “também coincide com as opiniões mais extremas dos modernistas e progressistas em termos de eclesiologia”.

Loredo disse que o próximo Sínodo “está sendo preparado e formado por uma rede bem organizada de associações e movimentos “indigenistas”, como REPAM (Rede Eclesial Pan-Amazônica).

“Todos os seus mentores vêm das fileiras do movimento da Teologia da Libertação”, disse ele.

“Outro ponto a destacar”, acrescentou Loredo, “é que a encíclica Laudato Si é a base doutrinal do Sínodo”. Esta encíclica, disse, “tem partes inspiradas na Teologia da Libertação Ecológica ou Eco-teologia e partes inspiradas em documentos das Nações Unidas, como a Agenda 21 e o Tratado sobre a Biodiversidade”.

“Estes são tratados vinculantes para todos os países que os assinaram durante a Cúpula da Terra no Rio de Janeiro, em 1992”, explicou o autor peruano. “Estes documentos foram estudados e propostos por pesquisadores da Internacional Socialista que procuravam explorar novas vias para o pós-socialismo ou pós-comunismo. Conceitos como “desenvolvimento sustentável” e “crescimento negativo” foram lançados por esses documentos. Então, não estamos falando apenas da Igreja na Amazônia. “

Loredo disse que foi “surpreendido” com o fato de que o Vaticano, através do Sínodo Pan-Amazônico, assume “a agenda neopagã proposta pelas das Nações Unidas, em conferências tais como a Cimeira do Rio em 1992 e a Rio+20 em 2012”.

“Eu participei como jornalista na conferência de 1992, e estudei estes tópicos em profundidade.”

Em relação ao documento preparatório e ao Instrumentum laboris para a reunião de Outubro, Loredo disse que o fato de que os documentos “abarcam uma interpretação radical de ‘desenvolvimento sustentável’” é particularmente preocupante.
Igualmente preocupante, segundo ele, é a ausência total de qualquer coisa negativa sobre as tribos amazônicas, algumas das quais disse “praticam o canibalismo, o infanticídio e a bruxaria”.

“Para alguém como eu, que venho estudando teologia da libertação e teologia indígena por tantas décadas, há tantas coisas nestes documentos que estão perfeitamente claras”, disse Loredo. “Mas para alguém que não acompanha essas correntes, pode ser desconcertante, ou pelo menos não completamente compreensível.”

FONTE: https://www.lifesitenews.com/news/peruvian-expert-in-liberation-theology-reveals-scheme-behind-the-amazon-synod

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