Este aromático
elemento da tradição católica remonta a milênios antes de Cristo
Para mim, há
algo espiritualmente inspirador no cheiro do incenso queimado. Mas de onde
surgiu o incenso e por que o utilizamos?
O uso do
incenso no culto religioso remonta há mais de dois mil anos, antes inclusive do
Cristianismo.
Sua utilização
foi documentada na China antes de 2.000 a.C. O comércio de incenso e
especiarias era um importante fator econômico entre o Oriente e o Ocidente. As
caravanas atravessavam a rota do incenso pelo Oriente Médio a partir do Iêmen e
através da Arábia Saudita. A rota terminava em Israel.
As religiões no
mundo ocidental empregam há muito tempo o incenso em suas cerimônias. Este sacramental é mencionado 170 vezes na
Bíblia.
Sua utilização
no culto judeu continuou depois do início do Cristianismo, influenciando a
Igreja Católica, que passou a usar o incenso nas celebrações litúrgicas.
A Igreja
considera que a queima do incenso simboliza as orações dos fiéis que alcançam o
Céu, como mencionado em Salmos:
“Que minha oração suba até vós como a
fumaça do incenso, que minhas mãos estendidas para vós sejam como a oferenda da
tarde.”
Entretanto, não
há um registro temporal específico que nos permita saber quando o incenso foi
introduzido nas celebrações católicas.
Não há provas
disponíveis que mostrem seu uso durante os primeiros quatro séculos da Igreja,
embora haja referências de sua utilização no Novo Testamento.
Por que o
utilizamos?
O incenso é um
sacramental utilizado para santificar, abençoar e venerar. A fumaça é um
símbolo do mistério de Deus.
À medida em que
se ela se eleva, sua imagem e seu cheiro expressam a doçura da presença de
Nosso Senhor e reforçam como a Missa está vinculada com o Céu e a Terra.
A fumaça também
simboliza a intensa fé que deve nos preencher. A fragrância também evoca a
virtude cristã.
A Instrução
Geral do Missal Romano (IGMR) permite o uso do incenso em diversos momentos da
Missa. O turíbulo com o incenso deve ser balançado três vezes para representar
a Santíssima Trindade.
Este
sacramental pode aparecer nas seguintes partes da Missa:
·
durante
a procissão de entrada;
·
no
começo da Missa, para incensar o altar;
·
antes
da proclamação do Evangelho;
·
na
preparação das oferendas, para incensar a cruz, o altar, o sacerdote e os
fiéis;
Além disso, o
incenso é usado nos funerais, tanto na igreja quanto em velórios e cemitérios.
Também é utilizado na Sexta-feira Santa, quando o Santíssimo está exposto, e na
Vigília Pascal.
Para terminar,
vejamos o que o livro do Apocalipse (8,3-4) diz sobre o incenso:
“Adiantou-se outro anjo e pôs-se junto ao
altar, com um turíbulo de ouro na mão. Foram-lhe dados muitos perfumes, para
que os oferecesse com as orações de todos os santos no altar de ouro, que está
adiante do trono. A fumaça dos perfumes subiu da mão do anjo com as orações dos
santos, diante de Deus.”
Realmente, o
incenso tem raízes profundas em nossa tradição católica.
FONTE: Aleteia
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